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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Morro do Cruzeiro: um bom lugar pra ver o por do sol em Igatu.

Olá!

Quem visita a vila de Igatu não pode deixar de ir ao morro do cruzeiro. Este lugar especial fica bem pertinho do centro da vila, aproximadamente 10 minutos de caminhada a partir da praça central.

O nome "cruzeiro" vem da palavra "cruz" e é colocada, geralmente, por moradores locais como forma de representar sua fé.
 
Na vila de Igatu existem três cruzeiros colocados em locais distintos. Um deles é este que comento neste post; o outro, já comentei no post sobre o Morro da Serra Alta onde eu mesmo recoloquei um cruzeiro que havia sido derrubado pelo vento. Fica faltando apenas um cruzeiro que não tenho fotos para mostrar mais é muito bonito também pois, tem a vista de toda a parte baixa da chapada, inclusive Andaraí.
 
► Como chegar:
 
Basta seguir a rua São Sebastião até passar pelo bar do Laércio e virar à esquerda numa pequena trilha de chão, marcado por pedras. Não tem sinalização mas, sempre tem alguém por perto para indicar o caminho certo.
 
Bom, seguem as fotos para que vocês comprovem o que digo.
 
Boa Viagem!
ChapaHouse sua Agência de Turismo em Igatu
 
Morro do Cruzeiro

Morro do Cruzeiro


Morro do Cruzeiro



Morro do Cruzeiro

 

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Estatuto dos Garimpeiros

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Presidência da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos
 
 
 
Institui o Estatuto do Garimpeiro e dá outras providências.
 
O VICE–PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no  exercício  do  cargo  de PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
 
CAPÍTULO I
 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
 
Art. 1o  Fica instituído o Estatuto do Garimpeiro, destinado a disciplinar os direitos e deveres assegurados aos garimpeiros.
 
Art. 2o  Para os fins previstos nesta Lei entende-se por:
 
I - garimpeiro: toda pessoa física de nacionalidade brasileira que, individualmente ou em forma associativa, atue diretamente no processo da extração de substâncias minerais garimpáveis;
 
II - garimpo: a localidade onde é desenvolvida a atividade de extração de substâncias minerais garimpáveis, com aproveitamento imediato do jazimento mineral, que, por sua natureza, dimensão, localização e utilização econômica, possam ser lavradas, independentemente de prévios trabalhos de pesquisa, segundo critérios técnicos do Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM; e
 
III - minerais garimpáveis: ouro, diamante, cassiterita, columbita, tantalita, wolframita, nas formas aluvionar, eluvional e coluvial, scheelita, demais gemas, rutilo, quartzo, berilo, muscovita, espodumênio, lepidolita, feldspato, mica e outros, em tipos de ocorrência que vierem a ser indicados, a critério do DNPM.
 
Art. 3o  O exercício da atividade de garimpagem só poderá ocorrer após a outorga do competente título minerário, expedido nos termos do Decreto-Lei no 227, de 28 de fevereiro de 1967, e da Lei no 7.805, de 18 de julho de 1989, sendo o referido título indispensável para a lavra e a primeira comercialização dos minerais garimpáveis extraídos.
 
CAPÍTULO II
 
DAS MODALIDADES DE TRABALHO
 
Art. 4o  Os garimpeiros realizarão as atividades de extração de substâncias minerais garimpáveis sob as seguintes modalidades de trabalho:
 
I - autônomo;
II - em regime de economia familiar;
III - individual, com formação de relação de emprego;
IV - mediante Contrato de Parceria, por Instrumento Particular registrado em cartório; e
V - em Cooperativa ou outra forma de associativismo.
 
CAPÍTULO III
 
DOS DIREITOS E DEVERES DO GARIMPEIRO
 
Seção I
 
Dos Direitos
 
Art. 5o  As cooperativas de garimpeiros terão  prioridade na obtenção da permissão de lavra garimpeira nas áreas nas quais estejam atuando, desde que a ocupação tenha ocorrido nos seguintes casos:
 
I - em áreas consideradas livres, nos termos do Decreto-Lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967;
II - em áreas requeridas com prioridade, até a data de 20 de julho de 1989; e
 
III - em áreas onde sejam titulares de permissão de lavra garimpeira.
 
Parágrafo único.  É facultado ao garimpeiro associar-se a mais de uma cooperativa que tenha atuação em áreas distintas.
 
Art. 6o  As jazidas cujo título minerário esteja em processo de baixa no DNPM e que, comprovadamente, contenham, nos seus rejeitos, minerais garimpáveis que possam ser objeto de exploração garimpeira poderão ser tornadas disponíveis, por meio de edital, às cooperativas de garimpeiros, mediante a manifestação de interesse destas, conforme dispuser portaria do Diretor-Geral do DNPM.
 
Art. 7o  As jazidas vinculadas a títulos minerários declarados caducos em conformidade com o art. 65 do Decreto-Lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967, relativos a substâncias minerais garimpáveis que possam ser objeto de atividade garimpeira, poderão ser tornadas disponíveis, por meio de edital, às cooperativas de garimpeiros, mediante a manifestação de interesse destas, conforme dispuser portaria do Diretor-Geral do DNPM.
 
Art. 8o  A critério do DNPM, será admitido o aproveitamento de substâncias minerais garimpáveis por  cooperativas de garimpeiros em áreas de manifesto de mina e em áreas oneradas por alvarás de pesquisa e portarias de lavra, com autorização do titular, quando houver exeqüibilidade da lavra por ambos os regimes.
 
Art. 9o  Fica assegurado ao garimpeiro, em qualquer das modalidades de trabalho, o direito de comercialização da sua produção diretamente com o consumidor final, desde que se comprove a titularidade da área de origem do minério extraído.
 
Art. 10.  A atividade de garimpagem será objeto de elaboração de políticas públicas pelo Ministério de Minas e Energia destinadas a promover o seu desenvolvimento sustentável. 
 
Art. 11.  Fica assegurado o registro do exercício da atividade de garimpagem nas carteiras expedidas pelas cooperativas de garimpeiros.
 
Seção II
 
Dos Deveres do Garimpeiro
 
Art. 12.  O garimpeiro, a cooperativa de garimpeiros e a pessoa que tenha celebrado Contrato de Parceria com garimpeiros, em qualquer modalidade de trabalho, ficam obrigados a:
 
I - recuperar as áreas degradadas por suas atividades;
II - atender ao disposto no Código de Mineração no que lhe couber; e
III - cumprir a legislação vigente em relação à segurança e à saúde no trabalho.
 
Art. 13.  É proibido o trabalho do menor de 18 (dezoito) anos na atividade de garimpagem.
 
CAPÍTULO IV
 
DAS ENTIDADES DE GARIMPEIROS
 
Art. 14.  É livre a filiação do garimpeiro a associações, confederações, sindicatos, cooperativas ou outras formas associativas, devidamente registradas, conforme legislação específica.
 
Art. 15.  As cooperativas, legalmente constituídas, titulares de direitos minerários deverão informar ao DNPM, anualmente, a relação dos garimpeiros cooperados, exclusivamente para fins de registro.
 
§ 1o  A apresentação intempestiva ou que contenha informações inverídicas implicará multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais), a ser aplicada pelo DNPM.
 
§ 2o  No caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro, podendo, no caso de não pagamento ou nova ocorrência, ensejar a caducidade do título.
 
CAPÍTULO V
 
DISPOSIÇÕES FINAIS
 
Art. 16.  O garimpeiro que tenha Contrato de Parceria com o titular de direito minerário deverá comprovar a regularidade de sua atividade na área titulada mediante apresentação de cópias autenticadas do contrato e do respectivo título minerário.
 
Parágrafo único.  O contrato referido no caput deste artigo não será objeto de averbação no DNPM.
 
Art. 17.  Fica o titular de direito minerário obrigado a enviar, anualmente, ao DNPM a relação dos garimpeiros que atuam em sua área, sob a modalidade de Contrato de Parceria, com as respectivas cópias desses contratos.
 
§ 1o  A apresentação intempestiva ou que contenha informações inverídicas implicará multa de R$ 1.000,00 (mil reais), a ser aplicada pelo DNPM.
 
§ 2o  No caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro, podendo, no caso de não pagamento ou nova ocorrência, ensejar a caducidade do título.
 
Art. 18.  É instituído o Dia Nacional do Garimpeiro a ser comemorado em 21 de julho.
 
Art. 19.  Fica intitulado Patrono dos Garimpeiros o Bandeirante Fernão Dias Paes Leme.
 
Art. 20.  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
 
Brasília,  2  de  junho  de 2008; 187o da Independência e 120o da República.
 
JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA Carlos LupiEdison Lobão
Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.6.2008
 

Festival de Música de Igatu será entre 27 e 29 de agosto; programação na próxima semana.

Olá!
 
O Jornal da Chapada acaba de confirmar, junto a um dos organizadores da Prefeitura Municipal de Andaraí, na Chapada Diamantina, a realização do Festival de Música de Igatu. O evento de música e arte já tem data certa para acontecer, será de 27 a 29 de agosto. Mas a programação completa só deverá ser divulgada a partir da próxima semana. Edgar Neto, que está à frente da organização do festival, adianta que os chapadeiros e visitantes “contarão com uma grande festa, com atrações locais e nacionais, algumas conhecidas mundialmente, além de oficinas temáticas todos os dias”.
 



Pode parecer um evento recente, mas o Festival de Igatu é uma festa tradicional, que ficou muitos anos sem acontecer. Após este retorno esta é a sua terceira edição. “Para não parecer que o festival está começando agora, preferimos não enumerar as edições depois deste retorno recente. O festival é tradicional na região, e já aconteceram inúmeras vezes, não podemos desconsiderar este fato histórico”, explica Edgar.
 
No palco do pequeno vilarejo, tombado como patrimônio nacional pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (Iphan), passaram músicos de renome como Flávio Venturini, Guilherme Arantes, Jú Moraes, Targino Gondin, Mariene de Castro, Vander Lee, Alex Cohen e Xangai. Além de apresentações de corais e cantadores da região.
 
Até breve!
 
Boa Viagem!
 
 

Parque Natural Serra das Almas.

Olá!

O Parque Natural Serra das Almas (PNSA) foi criado pelo Decreto Municipal Decreto Nº 0.001  em janeiro de 2002. Coordenadas geográficas 13o35 de lat. sul e 41o48 de long. oeste. Município de Rio de Contas, Chapada Diamantina, Bahia.
 
DECRETO Nº 001
 
A Serra das Almas foi mapeada pelos Bandeirantes em 1530. Ela possui uma diversidade florística muito importante para o ecossistema do Cerrado de Altitude, que foi estudada por pesquisadores e instituições de excelência no Brasil e no exterior, conforme documentos listados a seguir. Espécies como a Syngonanthus mucugensis (Sempre Viva) e a orquídea Laelia sincorana, fazem parte da lista de muito ameaçadas por ações de queimadas, venda ilegal e mineração na referida Serra.
 

HISTÓRICO

A ‘Serra das Almas’, citada nas carta dos Bandeirantes em 1530, representava marco geográfico referencial importante na época do descobrimento do Brasil.  O Município de Rio de Contas constitui região histórica no contexto Brasileiro, pois em 1687 estabeleceu-se o pequeno assentamento batizado de Arraial dos Creoulos localizado nesta Serra. Posteriormente em 1724, a Carta Régia de D. João VI cria a Vila do Ryo das Contas.
 
Foto. Pessoas da Vila com o Theatro São Carlos ao fundo.
A implantação do Parque Natural Serra das Almas (PNSA) baseou-se nos extensos levantamentos da flora do Pico das Almas realizados pelos pesquisadores do Kew Royal Botanic Gardens, Professores Harley e Simmons, e a Professora Ana Maria Giulietti e a sua equipe da USP na década de 80. Estes pesquisadores foram responsáveis não somente em tornar conhecido as espécies exclusivas e diversificadas dos campos rupestres da Chapada, como também em proteger a biodiversidade via unidades de conservação. Seus estudos ajudaram também a viabilizar a criação do Parque Nacional da Serra do Cipó em Minas Gerais e o Parque Nacional da Chapada da Diamantina na Bahia. Neste contexto o orquidófilo Antonio Toscano de Brito realiza pesquisas sobre as orquídeas da região e lança conjuntamente com o botânico Phillip Cribb um livro ilustrado sobre a orquídeas da Chapada Diamantina.
 
O Parque  Serra das Almas no Município de Rio de Contas foi criado em janeiro de 2002 pelo Decreto Municipal Nº 0.001. Em abril de 2001, a Prefeitura de Rio de Contas convidou o Biólogo Ricardo Braun para coordenar, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente, a implantação desta Unidade de Conservação. Os trabalhos foram realizados entre outubro de 2001 e janeiro de 2002.

PLANO SUSTENTÁVEL

Agenda 21 de Rio de Contas e o Plano de Manejo do Parque Serra das Almas
 
 
Capitulo 5 da AG21 de Rio de Contas com a proposta de ação número 82:
 
Implementação da Gestão do Parque Serra das Almas incluindo a elaboração do Plano de Manejo. 

O Projeto PNSA tem quatro etapas.
Na primeira foi elaborada a proposta de Projeto.
Na segunda, o Projeto é submetido as instituições de financiamento.
terceira etapa é o desenvolvimento do Projeto, uma vez aprovado.
quarta etapa é o desenvolvimento dos programas e projetos do Plano de Manejo.
 
O PNSA encontra-se na segunda fase de desenvolvimento em conjunto com o Instituto Iguaçu de Pesquisa e Preservação Ambiental.

 
 
 
 
 

Biodiversidade e Conservação da Chapada Diamantina.

Olá!

Segue para vocês, amigos leitores, mais uma leitura muito interessante sobre a chapada diamantina. Tem diversas informações técnicas sobre os mais variados assuntos.

Veja o Sumário:


Seção I - Aspectos gerais

 1.Avaliação ecológica rápida da Chapada Diamantina

2.Unidades de paisagem da Chapada Diamantina - BA

3.Mapeamento de unidades de vegetação e indicação de áreas para conservação

Seção II - Flora

4.Caatinga
5.Cerrado
6.Campos Rupestres
7.Florestas Estacionais Sem deciduais
8.Orquídeas
9.Pteridófitos
10.Fungos


Seção III - Fauna


11.Vespas sociais (Vespidae)
12.Abelhas (Hymenoptera, Apoidea)
13.Besouros (Scarabaeidae e Histeridae)
14.Dipteros Asilideos (Asilidae)
15.Peixes
16.Anfíbios e Repteis
17.Aves 1
18.Mamíferos

Seção IV - Biodiversidade e conservação da chapada diamantina

19.Considerações finais e recomendacoes para conservação


TEXO na ÍNTEGRA
 
http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/Bio13_chapada_diamantina.pdf
 




► >>> Selecionei, abaixo, alguns pontos marcantes do texto → →



▬ O Projeto Chapada Diamantina Biodiversidade teve como objetivo  principal realizar uma avaliação da biodiversidade na Chapada Diamantina, visando a indicacao de áreas potenciais para conservação.
  
Para isso, foram objetivos específicos desse projeto:

 
     i) realizar inventários georreferenciados de diferentes taxons da fauna e flora,
 
    ii) analisar e integrar os dados de campo sobre comunidades naturais com as análises de sensoriamento remoto e
 
    iii) promover a divulgação dos resultados.
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A Chapada Diamantina ocupa uma posição central no Estado da Bahia e inclui 58municípios. Essa região é a parte setentrional da Cadeia do Espinhaço, um conjunto de montanhas disjuntas, que se estende desde o Estado de Minas Gerais, em direção ao Norte, até alcançar a calha do Rio São Francisco (Misi&Silva, 1994).

A ecorregião Chapada Diamantina é uma das mais elevadas do Bioma Caatinga, quase toda com mais de 500 m de altitude. O relevo é bastante acidentado, com grandes maciços residuais, topos rochosos, encostas íngremes, vales estreitos e profundos, grandes superfícies planas de altitude e serras altas, estreitas e alongadas (Figura 2). As altitudes variam em geral de 200 a 1.800 m, ocorrendo picos isolados com maiores elevações a exemplo do Pico do Barbado, com 2.033 m.

Na Chapada Diamantina, os diversos tipos de vegetação estão associados com as características fisiográficas. O mosaico de vegetação inclui cerrados, campos rupestres, florestas e caatingas com grande diversidade. Deve-se atentar, no entanto, que a vegetação atual é produto da longa história das lavras na Chapada Diamantina que remonta ao século XIX, trabalhando intensivamente a paisagem da região.

Na Chapada Diamantina, espera-se encontrar áreas de caatinga principalmente nas faces ocidentais das principais serras, onde há sombras de chuva, uma vez que os ventos provenientes do Oceano Atlântico já depositaram a maior parte de sua umidade na parte oriental das serras. Nestas áreas e em vales mais secos, as condições climáticas não são as mais propícias à sobrevivência das plantas das vegetações mais características da Chapada, como os campos rupestres e cerrados. Por outro lado, estando a Chapada cercada pela caatinga, a existência destas condições possibilita a penetração de espécies características desta vegetação, naturalmente adaptadas a condições secas.

O principal fator que determina a existencia da caatinga e o clima semi-arido. A caatinga ocorre em areas tropicais marcadas por uma estacao seca prolongada e uma estação chuvosa curta e irregularmente distribuída no tempo e no espaco.Ototal de chuvas geralmente nao ultrapassa 800mm anuais. Estas condicoes ocorrem, principalmente, em areas de baixa altitude, como e o caso da grande Depressao Sertaneja, abaixo de 500 m s.m. na sua maior extensao. No caso da Bahia, o bioma caatinga ocupa a maior parte das regioes Nordeste e Central do estado, praticamente circundando toda a Chapada Diamantina.
 
Devido a esta predominancia das caatingas em áreas de depressão, não sendo geralmente associada as montanhas, não deixa de ser surpreendente constatar que a maior parte do território da Chapada Diamantina seja revestida por caatinga ou por formações vegetais a ela associadas, pois este macico montanhoso e mais frequentemente associado a vegetacao de campos rupestres nas suas diversas formas.
 
Na região da Chapada Diamantina, o cerrado ocorre de Norte-Sul, em diversos locais situados entre 900 e 1200 m s.n.m. prevalecem os cerrados de altitude que, nas maiores elevações, entremeiam-se com áreas de campo rupestre onde afloramentos de rocha e solos rasos aparecem com mais frequência. Nas altitudes mais baixas, o cerrado é substituído por várias formas de matas secas ou de caatingas. Na porção Norte, o cerrado ocorre de forma mais fragmentada, especialmente nos arredores de Morro do Chapéu. Em direção sul, ocorre, na região de Palmeiras e Piatã, tornando-se mais contínuo entre Mucugê e Barra da Estiva e entre Rio de Contas e Caitité. Nos arredores de Morro do Chapéu, Piatã e Mucugê ocorre um tipo de cerrado localmente conhecido como Campos Gerais ou Gerais (Harley & Simmons 1986) que, neste trabalho, será analisado na região de Mucugê. 

Os campos rupestres compõem a vegetacao mais caracteristica da Chapada Diamantina. Aparecem em altitudes acima de 900 metros ao longo de toda a Cadeia do Espinhaco, caracterizados principalmente pelos afloramentos rochosos associados a uma fisionomia herbáceo-arbustiva sobre solos tipicamente quartzicos (veja Figura 1 para aspectos da fisionomia dos campos rupestres). Nesse ambiente aberto, floradas de Velloziaceae, Melastomataceae e Xyridaceae propiciam um colorido particular a vegetacao, de modo que, junto as cachoeiras e despenhadeiros, os campos rupestres fazem parte integrante do espetáculo cênico que atrai milhares de turistas a região da Chapada.

Orquídeas endêmicas da Chapada Diamantina


Um resultado surpreendente da listagem das orquideas da Chapada Diamantina e o pequeno numero de endemismos. Apenas 10 espécies e dois generos das listagem deste trabalho podem ser classificados inequivocamente como endemicas. Outras sao provavelmente endêmicas, porem de dificil verificacao. Por exemplo, Barb. Rodr. (Figura 1-M) e (Pabst)W.E.Higgins (Figura 2-F) sao duas especies muito comuns e aparentemente endemicas da Chapada, porem Pabst & Dungs (1975) citaram ambas paraMinas Gerais. Da mesma forma Linden (Figura 1-F) ocorre apenas na Chapada e foi citada no extremo norte do Espinhaco mineiro (Grao-Mogol). Duas especies de recentemente estudadas por Silva (2003) seriam endemicas caso reconhecidas como especies novas. Outra espécie provavelmente endemica e (Schltr.) Van den Berg & M.W.Chase (Figura 2-G), porem a localidade tipo mencionada e fora da Chapada e bastante improvavel (Serra de Sao Jose, Feira de Santana). Em buscas detalhadas nesta serra e outras proximas, nao foi possível encontrar-se esta especie nem habitats similares aqueles em que ela ocorre em abundancia na Chapada, o que sugere que talvez haja havido um erro de localidade no espécime tipo. Dentre as espécies consideradas inequivocamente endêmicas, seis pertencem a subtribo Laeliinae, incluindo o gênero monotipico (Figura 1-B). Este e um taxon bastante interessante, com morfologia similar apenas a um outro genero mexicano, . Estudos filogeneticos situam-no como membro de um grupo remanescente de uma das linhagens iniciais da subtribo, indicando especial interesse taxonomico e evolutivo. Além disso, este taxon e conhecido apenas da coleta tipo e um registro fotográfico em outro local, merecendo destaque para conservação.
 

Conclusões

O mapa de Unidades de Paisagem da Chapada Diamantina foi produzido com sucesso pelo método de Avaliação Ecológica Rápida, podendo-se dizer que este método de mapeamento é, essencialmente, uma classificação por sensoriamento remoto apoiada por trabalho de campo baseado em amostragens estruturadas (Sayre , 2000). No entanto, para a elaboração de um mapa de vegetação mais detalhado, são necessárias outras operações a nível de processamento das imagens. Assim, foram escolhidas duas áreas piloto para o detalhamento, comportando a área norte de Morro do Chapéu (Unidades 1, 2, 3 e 4) e região de Lençóis (Unidades 3, 4, 5, 6 e 8), o que será visto no próximo capítulo.

A avaliação do estágio de conservação da Chapada Diamantina foi estimada a partir do mapeamento das Unidades de paisagem e dos dados da caracterização da vegetação pela equipe de flora e do relatório da equipe de fauna, com localização de áreas propícias à deterioração dos recursos naturais e de alvos de conservação.

Dentre as atividades impactantes identificadas, destaca-se:
   
    O uso intenso por atividades agropecuárias,
                           por turismo,
                           por lavra de diamantes e outros minérios e
                           por extrativismo de espécies vegetais ornamentais (sempre-vivas, orquídeas e cactáceas).

O desmatamento é um dos grandes problemas da região e entraves para a conservação da Chapada Diamantina, trazendo consequências diretas para os solos, fauna e flora.

As áreas apontadas para conservação na Chapada Diamantina são críticas face à velocidade com que nelas vem ocorrendo a intervenção humana. Observa-se que, mesmo em áreas já protegidas, como o Parque Nacional da Chapada Diamantina e o Parque Estadual de Morro do Chapéu, a pressão é tão grande que já se percebem os efeitos degradantes. Por outro lado, ainda há áreas com maior grau de preservação.

As áreas apontadas para conservação neste capítulo serão revistas no último capítulo de recomendações, onde, além dos aspectos quantificados, serão levados em consideração os levantamentos de fauna e flora apresentados nos próximos capítulos e em toda área mapeada.


Considerações Finais
 
E imprescindível que as áreas indicadas sejam consideradas de alta prioridade para a criação de novas unidades de conservação, pois elas implicam no aumento da extensão de áreas protegidas e a inclusão de diferentes tipos de vegetação presentes nas Unidades de Paisagem. Indicar estas áreas como prioritárias não significa que esforços para a criação de novas reservas em outras áreas não devam ser realizados. Ao contrario, devem-se buscar estratégias para ampliar a área coberta por unidades de conservação, em cada uma das unidades de paisagem, seguindo os critérios biológicos disponíveis.
 
Recomendações para o futuro.
 
Considerando-se que estudos relacionados a ictiofauna da região da Chapada Diamantina da Bahia estao em etapa inicial, qualquer atitude relacionada a adocao de medidas de manejo e preservacao dos rios dessa região devera, necessariamente, considerar as etapas abaixo:
 
► Implantar programas de pesquisa de longo prazo, com obtenção de series temporais de dados historicos, visando-se permitir uma avaliacao adequada das respostas da comunidade as perturbacoes naturais e antrópicas;
 
► Valorizar a importancia do ambiente em aspectos populacionais da ictiofauna, assim como conhecer as relações tróficas e estrategias reprodutivas da ictiofauna local;
 
► Estimular a implantacao de nucleos de pesquisa locais, voltados para a realizacao de projetos de manutencao da biodiversidade e educacao ambiental;
► Considerar a importancia das matas ciliares e incentivar programas de preservação da vegetacao nativa;
► Regulamentar o turismo ecológico e de aventura em locais como rios, quedas d'agua e corredeiras, assim como nos Marimbus, que já estão sendo explorados de maneira desorganizada e não regulamentada. Esses locais poderiam gerar recursos, se utilizados de forma adequada e fossem bem divulgados;
► Considerar que, além dos grandes rios que apresentam suas nascentes na regiao da Chapada Diamantina, como o Paraguaçu e o de Contas, seus tributarios, assim como outros rios de menor porte da regiao, devem merecer atenção especial em futuros programas de preservação.
 
 
Não deixem de ler! Eu recomendo!
ChapaHouse sua Agência de Turismo em Igatu
 
 
 
 

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Mucugê realiza VI edição do Festival de Corais Vozes na Chapada

Já consolidado no calendário de festivais de música da Chapada Diamantina, evento terá início nesta quinta-feira, dia 31, às 20 horas, com encerramento na noite de sábado, dia 2
 
Cada vez mais consolidada como a cidade da música clássica na Chapada Diamantina, Mucugê será palco, do próximo dia 31 de julho a 2 de agosto, do VI Festival de Corais Vozes na Chapada, evento que reunirá 13 grupos renomados de Canto Coral em apresentações de clássicos eruditos gratuitamente, em quatro dias de programação que reúne Ecologia, Música e outras atividades educativas. Como acontece no Festival de Chorinho, que acontece a cada ano, também em Mucugê, no mês de abril, o Vozes na Chapada é itinerante na cidade: os corais exibirão seus repertórios em diferentes locais. A abertura é na Câmara Municipal de Vereadores, o segundo dia acontece no Projeto Sempre Viva e Igreja Matriz de Santa Izabel; e seu encerramento acontece na Praça dos Garimpeiros.
 
Com patrocínio da Prefeitura Municipal de Mucugê, Bahiatursa e Fundo de Cultura do Estado da Bahia (além de outros apoiadores), o Vozes na Chapada contará com apresentações paralelas ao ar livre (em meio ao Parque Nacional da Chapada Diamantina), conferência e oficinas práticas dirigidas pelo prestigiado maestro Eduardo Morelenbaum, concerto didático em benefício dos alunos das escolas locais, cortejo dos grupos de canto (puxado pela centenária Filarmônica 23 de Dezembro), além de atividades ecológicas em roteiro turístico-cultural para as centenas de cantores visitantes.
 
Programação tem atividades diurnas e noturnas
 
A abertura acontecerá na quinta-feira, 31, às 20 horas, na Câmara de Vereadores, seguida do primeiro concerto solene, às 20h30. Como nas edições anteriores, a partir das 22 horas a primeira grande confraternização entre moradores, turistas e músicos visitantes, na Praça dos Garimpeiros.
 
Na sexta (01), a partir das 9h, o público acompanha os grupos de canto pelo sítio ecológico do Projeto Sempre Viva (a cerca de cinco quilômetros do centro da cidade), onde acontecem atividades ecológicas, banho de cachoeira e apresentações de cantos, no Concerto Campal. “Um momento muito especial, que possibilita ao público apreciar um dos mais belos espetáculos do festival, com a mistura das cores dos corais com a bela paisagem formada pela mata e pelas serras e rios do Parque Municipal Sempre Viva”, comentou a prefeita municipal Ana Medrado.
 
À tarde, a partir das 15h, enquanto o mestre em música e maestro Eduardo Morelenbaum ministra a conferência sobre o tema ‘Coral de empresa, um valioso componente para o projeto de qualidade total’, oficina voltada para gestores, maestros e ativistas do Canto Coral (aberta ao público), na Câmara de Vereadores, o maestro Márcio Medeiros visita o Colégio Estadual Horácio de Matos, a partir das 15h50, onde rege concerto didático para os estudantes no projeto Coral na Escola.
 
A partir das 19 horas, na Igreja Matriz de Santa Izabel, o coro regido pelo maestro Carlos Veiga acompanha a Missa Solene rezada pelo pároco local, padre Rinaldo Pereira. E ao fim da missa a igreja vira palco de mais um concerto, promovendo mais uma bela amostra da histórica mistura da música clássica com as celebrações e os templos religiosos.
 
Parte do sábado livre para visitar pontos turísticos: Cemitério Bizantino, cachoeiras e rios. No sábado, 02, até o meio da tarde, cantores, turistas e moradores se cruzam pelos pontos turísticos, como o Cemitério Santa Izabel (também conhecido como Bizantino), trilhas, cachoeiras e rios. Já às 15h, o maestro Morelenbaum comanda oficina dirigida aos coros amadores (também na Câmara e aberta ao público).
 
Às 17 horas chega a vez do tradicional Cortejo dos Cantores, acompanhado pela Filarmônica 23 de Dezembro, saindo da frente do prédio das Escolas Reunidas Dr. Rodrigues Lima e percurso até a Praça dos Garimpeiros, palco para a programação da última noite do festival, a partir das 18 horas.
 
Momento considerado o mais concorrido do festival (foi assim nos anos anteriores), a noite de sábado brinda o público com repertórios de livre escolha dos coros, em seguida o Grande Concerto de Encerramento, no qual é apresentada a obra de congraçamento; este ano, a obra Amavolovolo - Drakensberg Boys’ Choir (http://www.youtube.com/watch?v=6GOqFHraZmM), disponibilizada antecipadamente, a todos os coros, pelo diretor artístico do festival, maestro Alcides Lisboa.
 
Findadas as apresentações do Vozes na Chapada, a ‘noite de Mucugê’ continua com a confraternização de um público com características bem musicais, aproveitando um momento em que a bela cidade histórica fica repleta de turistas e moradores locais, confraternizando-se no belo cenário das praças e ruas ou em bares e festas privadas.
 
 
Fonte:
Texto e fotos: Deodato Alcântara – DRT-6166/BA
Ascom – Prefeitura Municipal de Mucugê
Facebook/ReconstruindoMucugê

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Por do sol na vila de Igatu.

Olá!

Adoro o por do sol e sempre que tenho oportunidade, tiro algumas fotos.

Vejam, abaixo, alguns momentos únicos que registrei que só em Igatu é possível ver.

Boa Viagem!
ChapaHouse sua Agência de Turismo em Igatu